Gênero: Aventura
Produtora: Ubisoft Montreal
Distribuidora: Ubisoft
Lançamento: 26/02/2008
Nota: 6,8
A Rê Viu
Quando sai um game de um filme junto ao seu lançamento nos cinemas, todo mundo já sabe que a coisa é feita nas coxas e joga só pra tirar um barato. Quando sai algo de um filme já antigo, as coisas costumam ser boas, porquê não há limitações de informação para a produtora e tampouco prazo apertado para o lançamento.
"Eu sou o Corredor X e você não é ninguém, então cala a boca e escuta!"
Porém, quando um jogo de uma série televisiva é anunciado, a gente não sabe muito bem o que esperar, pois não há frescuragem em relação às informações, pelo fato de geralmente a trama ser paralela, tendo poucas ligações à da TV, e quase nenhuma preocupação com o prazo de lançamento, mas infelizmente na prática a coisa não sai bem assim.
"E aês, mina, tás a fim de dar um rolê? Vai eu o Zé e os cara"
No caso do game da série 24 Horas, o jogo tem umas mancadas de acabamento em vários pontos, mas no geral é jogável e até que longo, claro que não dura 24 horas, mas você perde boas horas na frente da TV com o controle na mão.
Essa foto é pra mulherada não reclamar (como se tivessem muitas lendo essa merda)
Mas no caso de LOST: Via Domus, o defeito do game é justamente esse: é curto bagaraio!
"Menino, você tem a piroca muito curta, desiste! Isso aí não faz nem cosquinha!"
O visual é super-bem acabado, com excessão dos atores, que são meio robóticos demais, mas as florestas são perfeitas, com matos e árvores 3D (coisa rara inclusive nos ditos nexgen). A dublagem é competente, mesmo sem contar com todos os atores da série.
"Perdidos na selva... rolando na relva...." Ah, sei lá como é a porra da música!
O enredo é simples: você joga na pele de Elliot Maslow, um fotógrafo que perde a memória na queda do avião na famosa ilha. Todo mundo desconfia dele, pois sem lembrar seu nome não dá nem pra saber se o cara realmente estava no avião através da lista de passageiros.
Versão mais pobrinha do Jack
Essa amnésia é a desculpa para a inclusão dos flashbacks, pois quando algo sobre seu passado é dito na ilha, ele tem um lapso de memória e o flashback é iniciado com uma fotografia rasgada, então você o controla tendo em mãos uma máquina fotográfica, que serve para você fotografar (duh) um momento chave (o da foto rasgada) e assim fazer com que Elliot se lembre de tal trecho de sua vida.
Flashbeckando...
A sua história é interessante e bem entrelaçada, mas a ação mesmo acontece na ilha, porém, com uma linearidade meio incompreensível, pois de uma hora pra outra você já se depara com situações que foram resultado de eventos da temporada seguinte, mas o que você só percebe por dedução, pois nada é mostrado para te localizar cronologicamente.
Elliot Maslow pensando: "Logotipo bonito esse!"
Não há sequer uma visão de fatos ocorridos na série por outro ângulo, Elliot é mais afastado da trama central do que Paulo e Nikki, os personagens de Rodrigo Santoro e daquela loira gostosa que o nome pouco importa.
Jack: "Você mal aparece aqui e quer furufunfar com a Kate? Entra na fila, rapá!"
Quem é fã vai acabar se divertindo de alguma maneira, pois você acessa áreas não mostradas na série, algumas somente citadas e outras que você acessa por outro canto, como por exemplo a casa de Mikhail, o caolho russo.
Reles imagem de divulgação... essa cena não está no jogo
A melhor parte do jogo é a trilha sonora, com trechos extraídos da série e outros compostos exclusivamente para o game, criando muita tensão em determinados momentos.
Fuma uns baseados e depois corre da fumaça... esse é xarope mesmo
Para os fãs há coisas extremamente divertidas a se fazer, como digitar os números no computador, resolver questões de raciocínio lógico que iriam fazer John Locke perder horas, correr e se esconder da fumaça preta e pegar dinamite no Black Rock.
4 8 15 16 23 42, joga isso na mega-sena que se tu ganhar vai dar menos que a quina
O jogo se desenrola de forma linear, com objetivos claros e a maioria bem simples, todos indicados num diário, algo como "preciso fazer isso pra conseguir aquilo", aí lá vai você, fazer o que ele acha que tem que ser feito pra conseguir a parada que ele quer.
Malditos fusíveis!
Na primeira vez que você entra na floresta pra ir a um determinado ponto, você segue coordenadas de bandeiras coloridas, depois você usa a bússola xarope que não marca porra nenhuma, a qual você encontra com alguns minutos de jogo e que traz a inscrição "Via Domus", aí você tem que seguir o que ela diz, e depois bandeirinhas de novo... nada muito tchans.
Se você encontrar esse ponto na floresta a tela fica branca
Cada trecho de história é separado como se fosse um capítulo, e cada vez que você avança para o próximo, há o famoso "previously on Lost", que também é mostrado quando você volta a jogar o game a partir de um save.
Agora que eu me toquei... a Shannon nem dá as caras no jogo... que m...!
O game é basicamente de exploração, com alguns quebra-cabeças e uns lances de fazer a pergunta certa, mas que não significa que se você fizer a errada seja game over; mas se o que você quer é atirar nos "outros", esqueça, pois apenas duas pessoas são mortas por você no game (pelos seus comandos, hehe).
Nem vou falar o que isso parece
Bom, falei pra cacete e acho que deu pra todo mundo perceber que eu curto a série. Pois é, nem assim eu recomendo a compra do game, é melhor alugar ou pegar emprestado, pois a parada é tão curta que se você gastar seu rico dinheirinho com ele, você vai ficar muito puto quando terminá-lo. A não ser que tu seja preibói!
Prós e Contras
- Bons gráficos
- Fidelidade à série
- Só pra fã
- Extremamente curto
- Mal aproveitado
Vídeo