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Gênero: Ação / GTA Clone
Produtora: Pandemic Studios
Distribuidora: EA Games
Lançamento: 31/08/2008
Nota: 6,8



A Rê Viu
Quando
Mercenaries: Playground of Destruction saiu no PS2 e no Xbox, causou surpresa e agradou à maioria, com um conceito renovado num estilo de jogo já batido, e tão logo os produtores deram conta desse sucesso, já anunciaram a sua seqüência.


"Calmaê, eu tô com dinheiro sim, só tava brincando!"

Desde então uma grande espectativa foi criada, mas o tal Mercenaries 2 nunca saía, até que enfim chega à praça na geração seguinte e, infelizmente, decepcionando bonito (ou seria feio?)

O game é basicamente o mesmo de três anos atrás, mas com gráficos medianos em comparação aos da geração atual e com texturas meio genéricas, o que até é compreensível, já que praticamente tudo o que se vê na tela é destrutível.


U-Tererê!

Os personagens são os mesmos e a história é bem meia boca. Você vai fazer um servicinho pra um fodidão na Venezuela e ele te passa a perna, aí só te resta a opção de tomar a mansão do cara, se instalar lá e fazer uns trampos de mercenário pra negada que também não vai com a cara do sujeito. O nome dele? Ramón Solano, nada mais original.


"Era você que queria enfiar esse cano no meu rabo?"

Talvez um bom ambiente para o jogo se passar seria o Oriente Médio, já que tudo gira em torno de petróleo e as facções sempre mexem com isso e comparando com o argumento da versão anterior (num futuro próximo, a guerra na terra-de-ninguém entre a Coréia do Sul e do Norte, com máfia russa, China e EUA na parada), essa é tosca, uma mera desculpa pra o game existir. Até tem alguns momentos engraçados nas cenas não-interativas, mas nada que motive a assistir a todas.


Passeio de bug (sim, com duplo sentido mesmo!)

Mas a maior mancada do jogo na verdade são três: a física, a inteligência artificial e os bugs.

Explicando: a física é tosca ao extremo, lembrando jogos da era PS1; a inteligência artificial é até mais sofrível que isso, pois os seus inimigos são verdadeiros idiotas, que atacam feito Lemmings, sem nenhuma estratégia ou preocupação de defesa, sem contar os seus parceiros, que na maioria das vezes não fazem diferença nenhuma; e basta jogar cinco minutos pra achar algum bug. Sério, são tantos que depois de um tempo vocé até se acostuma com eles.


Cena no estilo 007, saindo fora numa boa enquanto a parada explode

Há coisas em Mercenaries 2 que são pra deixar qualquer um besta de imaginar como que um jogo que ficou tanto tempo em produção pode ter sido lançado tão nas coxas, como algumas construções tipo casas de madeira que ficam alguns soldados nas janelas. Você mata o cidadão e depois de alguns segundos aparece outro, aí você vai e mata esse, e outro aparece, e o procedimento se repete até que você se encha e, ou destrua a casa, ou desista. E o mais curioso é que se você conseguir olhar dentro da casa, você verá que não há nada lá, nem sequer soldados à espera, eles simplesmente surgem do nada.


Carros voadores, isso é bom!

As armas são bem porretas e o sistema de destruição é ótimo. Botar um prédio na chon é algo orgasmático, vale a pena até um melhor posicionamento pra ver a destruição ocorrendo. Por outro lado, as trocas de tiros são bobas e não há sangue no jogo. E no cara-a-cara é melhor dar uma coronhada no safado do que atirar, pois muitas vezes é preciso mais de um tiro pra ele morrer, mas coronhada é uma só e já é caixão pro safado!


Aquilo é sangue? Se for, tiraram da versão final por quê?

Outra coisa que enche o saco é que quando você atropela um civil ou destrói um prédio que não é de facção nenhuma, conta como efeito colateral e uma grana é tirada de você, o que é um porre, pois não dá pra fazer a zuação básica que qualquer jogo no estilo GTA normalmente permite, e isso no enorme mapa de Mercenaries 2 seria uma boa.


Estátua do Saddam Hussein dançando o Tchan

O game não trás nada de novo. Tudo que tem nele já existia na versão anterior, aliás, coisas foram tiradas. Quer um exemplo? Quando você era hostilizado por alguma facção, havia a possibilidade de dar uma grana para um "relações públicas" dos caras pra eles esquecerem as coisas do passado, mas neste isso não existe, basta destruir alguns tanques de petróleo ou matar um liderzinho de facções inimigas da que você quer voltar a ser amigo que o seu status vai subindo naturalmente.


Pena que a arquibancada está vazia... Ah se fosse um Destruction Derby!

No final das contas, Mercenaries 2: World in Flames ficou totalmente aquém do que a galera esperava. A Pandemic conseguiu produzir um game por anos e ainda assim lançá-lo às pressas e mal acabado, e o pior de tudo é que enjoa rápido, pois não há muita variação nas missões. Enfim, não gaste seu dinheiro com isso, no máximo espere ele entrar no grupo dos games de vinte dólares.

Prós e Contras
- Destruições fodásticas
- Inteligência (?) artificial
- Colméia de bugs
- Sem Gore
- Física de duas gerações atrás
- Desestimulante

Vídeo