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Gênero: RPG
Produtora: Mistwalker
Distribuidora: Microsoft Games
Lançamento: 12/02/2008
Nota: 7,5



Revision
Não tem como negar, desde que Lost Odyssey foi anunciado pra xiboca com o velho Sakaguchi entregando a alma na produção do jogo, ninguém esperava menos do que algo à altura de Final Fantasy. Depois que os primeiros artworks e videos sairam, veio uma quase confirmação, porém algo deu meio errado no meio do caminho, mas calma lá! Isso não quer dizer que o jogo seja ruim, mas ficou faltando um pouco de sal (ou palmito, depende do gosto de cada um) nessa salada.



É, quem usa uma calça dessas e desmunheca assim gosta de palmito na salada...

Sim, Lost Odyssey tem cara de Final Fantasy, mas quem vê cara não vê coração, e ficou faltando justamente isso nessa obra. Por incrível que pareça, o game soa como um RPG genérico demais pra algo feito pelo Sakaguchi, pois até Blue Dragon tem uma carinha mais simpática que esse aqui, e, por uma série de problemas técnicos, o jogo acaba um pouco castigado.


"Chega mais perto que vou tirar uma foto de close"

Na história do game, Kain, o personagem principal, é um guerreiro imortal que vaga pelo mundo há mil anos combatendo ordas de soldados que parecem feitos de chumbo por um rei, o qual eles obedecem cegamente. Depois que uma magia absurda é invocada castigando um campo de batalha e dizimando os dois exércitos de uma vez, só sobrando o imortal Kain, que é convocado a investigar uma torre mágica que pode ter sido a origem de tal magia.


"Cacete quem foi que deixou meu tiranossauro cruzar com uma tarantula?"

Claro que ele vai escolatdo por uma amiga, também imortal, e um conselheiro, meio bitolado, do rei. Mas as coisas não são bem o que parecem, o vizir real quer assumir o trono, e tirar os imortais do campo de batalha parece ser sua prioridade. Também tem o lance que Kain começa a ter memórias, há muito esquecidas, retornando pra si aos poucos e esse é o mote do game.


Como todo bom RPG, tem um capetão com fogo saindo dos orifícios!

O problema da parada é como essa história é contada. As memórias de Kain têm muita importância pro roteiro por se misturarem com fatos e personagens que ele encontra durante a jornada, mas são todas em texto! Simplesmente texto sobre um fundo parado com uma música de dar sono! E cacete, são textos grandes! No som do resto do game, tudo normal, boas dublagens e etc. Tudo alto nível.


"Metal Gear tá tão fraco que tô tendo que fazer uns bicos em outros jogos..."

Nos gráficos é que estão os principais problemas. Nenhuma empresa japa sabe usar a Unreal Engine. Usam porque é uma marca estabilizada no mercado, mas não sabem usar, e isso foi a morte pra Mistwalker. Muito do mundo de Lost Odyssey é cinza ao extremo, a paleta de cores é muito morta e o excesso de cinza faz com que as cidades pareçam as mesmas, variando um pouco quando tu passa numa floresta ou na beira do mar, mas mesmo assim é tudo muito morto.


Sempre tem um empata-fodas pra estragar o momento

O design dos personagens não são muito bons, tirando Kain e os imortais, os outros usam vestimentas muito estranhas, como o rei que parece um Justin Timberlake despenteado e afeminado numa armadura purpurinada.


Cacete isso é uma espada ou um bastão de beisebol?

Mas o maior pecado do game é a cagada que se deu na jogabilidade. O framerate nas batalhas e nas cenas é irritante de tão instável. Golpes demoram pra carregar, magias mais ainda, e o mesmo com as animações, que em 90% do tempo rodam em tempo real, travando a todo o tempo. Sendo aconselhável instalar o game no HDD, mas mesmo assim a coisa é feia.


"Nooooossa, que logo lindiu di dels!"

Na jogabilidade não há nada de notavel a acrescentar. O lance é que há persongens mortais e imortais. Os imortais são realmente imortais (dã!), que após derrubados se levantam com um pouco de HP depois de uns turnos. Imortais não aprendem skills com level up.


A cobra vai fumááááá!

Todo equipamento tem habilidades, sejam armas, escudos ou anéis. Enquanto equipado, você seleciona um e, a cada batalha ganha, recebe pontos para encher a barra de aprendizado. Quando ela estiver cheia você pode trocar a skill para aprender outra e mudar o equipamento. Ah! E também se pode aprender de personagens mortais que estejam no grupo.


"Olha o que tu fez! Agora quem vai recolher os miolos dele do banco de trás?"

Já os mortais, se caírem, só levantam com magias ou itens, e aprendem habilidades também subindo de níveis. As skills que estejam em equipamentos são efetivas enquanto o equipamento esteja nele, ou seja, é basico de RPG. O resto é o mesmo Active Time Battle de sempre.


Favela do Rio agora também em RPG!

A única coisa que vale como novidade é o uso de anéis: com itens coeltados se cria diferentes anéis com diferentes efeitos e habilidades. O negócio é que quando um anel é equipado, o efeito dele só funciona se você acertar o timing do ataque com o gatilho direito. Tipo assim, ao realizar um ataque, dois anéis surgem na tela, apertando o gatilho, um anel segue de encontro ao outro, Se você soltar o gatilho com um anel dentro do outro beleza! Agora, vacilou, nada de dano dobrado, poison ou absorb HP...


"Ou vou contar até três e quero minha maria-mole de volta, porra!"

Falando assim, o game parece ruim, mas não é. É um pouco curto (uma média de 8 horas pra cada um dos 4 DVDs, sem contar com quests paralelas), podia ter uma narrativa muito melhor e design mais bacana, mas ainda dá pra lembrar um bom Final Fantasy. Na carência de algo melhor, dá pra jogar, mas já existem melhores RPGs no xiboca.

Prós e Contras
- Gráficos embasbacantes!
- Sistema de batalha simples e agradável!

- Curto
- Design geral pouco inteligente
- Muitos problemas com a Unreal Engine
- Enredo brilhante perdido em narrativa tosca


Vídeo