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Dante's Inferno



Genero: Ação
Produtora: Visceral Games
Distribuidora: Electronic Arts
Lançamento: 09/02/2010
Nota: 7,5


Review
De todos os jogos produzidos desde o lançamento do Xbox 360, Dante's Inferno é com certeza o que merece o titulo de mais nojento de todos os tempos!



"Mina tu é feia pra cacete, mas isso não é motivo pra deixar de tomar banho!"

O game foi baseado na obra literária de Dante Alighieri “A Divina Comédia”, mais exatamente na parte “Inferno”, e mostra a jornada do protagonista, também chamado de Dante, pelas profundezas, ou mais detalhadamente pelos "nove círculos do inferno”, em busca de recuperar ou dar a devida tratativa à alma inocente de sua amada Beatriz.


"O lance é proteger as articulações, é aí que os bunecos de prástico sempre quebram"

Dante´s é talvez o game mais sem identidade dos últimos lançados no console, o que não signifca que seja ruim, mas fica devendo pacas, e nada a acrescentar no gênero, sendo aquela boa e velha forma de ação hack´n slash como God of War, copiando o game da Sony em tudo que se pode imaginar, há puzzles, inimigos gigantescos, sequências de “abate” pressionando os devidos botões quando são apresentados na tela e tudo o mais. Quem adora comparações ficará ao longo do jogo percebendo semelhanças e algumas diferenças.


Pela gengiva esse bichão tem parentesco com o Butt-Head hu hu hu

O enredo é muito bem feito e interessante (claro basear em um dos mais famosos e importantes poemas literários da história e não fazer algo decente tem q no mínimo ficar sem o jantar). O problema é que narrativa passa longe de ser tão interessante quanto parece. Misturas de animação com CGs aparecem de vez em quando, mas o grosso da história é contado in-game pelo acompanhante de Dante, o espírito Virgil, ou Virgílio pra quem prefere o bom português. A trama até é bem elaborada e chamativa, conseguindo te prende do começo ao fim.


Isso lembra a capa de um single do Metallica... alguém adivinha?

Mas, diferente da poesia, o nosso Dante é um cavaleiro cruzado que morre de forma estúpida no campo de batalha (bota estupida nisso, é a morte mais sem graça do século). O bacana é que quando a morte vem buscar o maluco, ele se recusa ir e decide quebrar o pau (ui!) com a dona Morte. Resultado: ele volta do mundo dos mortos com a foice do capeta mais a sua cruz dos cruzados ganha poderes místicos. Porém, todavia, entretanto, como Lúcifer não é otário, ele aproveita enquanto Dante volta pra casa pra levar a alma de Beatriz, a amada do candango. Mas, pô, se o cara matou a morte, ele vai aceitar isso na boa? Porra nenhuma! Depois de costurar a cruz no corpo, Dante decide ir até o último dos infernos atrás de Lúcifer e da moçoila.


Faca na cavera? Aqui é foice na fuça da morte!

A jogabilidade é simples ao extremo, mas flui com uma precisão boa, com uma considerável variedade de combos que vão upando ao longo do game conforme se captura almas dos inimigos, que são divididas em almas absolvidas e penalizadas. Há também algumas almas importantes históricas e literárias pra dar o devido fim: mandar pro céu ou já arrebentar ali mesmo, o que gera mais almas boas (holies) que podem ser usados para evoluir os ataques da cruz e poderes de cura e defesa, e/ou más (unholies), para ser gastos na evolução malígna, com habilidades de combates e destruição, assim podendo ser feito um balanço em diversos upgrades.


"Essa eu aprendi com Terry Bogard, malandro!"

Dante só conta com uma arma ao longo do game, além das cruzes de luz que ele atira do peito, que no ruim só servem pra retardar alguns inimigos, o bom é que com isso se tem dilaceração, decapitação e sangue à vontade, e os inimigos são de uma boa variedade e constância, você não fica por muito tempo sem esmagar botões.


"Abre a boquinha..."

Os gráficos são de primeira retratando muito bem os caminhos percorridos e cada diferença dos ciclos com corpos e almas pra todos os lados gemendo de dor e pedindo perdão. CGs de alto nível é marca desse estilo de jogo. Os efeitos visuais e sonoros são de tirar o chapéu, mas a câmera é travada (raios pra que servem gráficos estonteantes e bem feitos se não dá pra apreciá-los de modo livre a qualquer momento?).


É a piroca maldita de um olho só do capeta! Olha a cobraaa!!!

O chute no saco é o gameplay, um dos mais curtos já vistos, mesmo para jogos hack’n slash, que não têm como característica gameplays longos para fugir (ou tentar) de ser enjoativo. Dante's é tão curto que nem dá pra enjoar.


"Mina, segura aqui pra mim que deu uma câibra foda..."

O fator replay é basicamente nulo, já que não há nada a fazer depois de zerar a não ser continuar a evoluir, a não ser que voce compre uma das expansões disponíveis na Live, onde inclusive há um modo multiplayer.


Tem algém pagando peitinho nessa foto...

De todo Dante´s Inferno cumpre seu papel, diverte, mas nada acrescenta nem ao genero e nem à bagagem do jogador. A EA podia ter ousado mais ao invés de fazer o básico. Vale dar uma jogada e se preparar pra sequencia que deve estar vindo por aí, já que quem lembra da Divina Comédia sabe que ainda falta o Purgatório e os Campos Elíseos e é de se duvidar que a maquininha da EA irá perder essa. Resta torcer pra vir coisa boa.

Prós e Contras
- Gráficos loucos
- Bons efeitos sonoros
- Jogabilidade rápida
- Chefes Nojentos
- Uma bela visão do inferno (?)
- Enredo bem montado

- Que poderia ser melhor contado
- Muito curto
- Pouca variedade de armas
- Câmera travada
- Básico demais
- Replay zero


Vídeo





Com colaboração de Lio