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Genero: Ação
Produtora: Capcom
DIstribuidora: Capcom
Lançamento: 05/02/2008
Nota: 7,5


Revision
Devil May Cry sempre foi uma série de altos e baixos. O primeiro definiu um estilo de a ser seguido com combates frenéticos, combos calculados, dificuldade elevada e herói com estilo.


"Essa eu aprendi com o Spawn!"

O segundo jogou tudo no lixo e foi uma porqueira desgraçada. O terceiro já surgiu pra ser novamente uma parâmetro pros games de ação, tinha tudo do primeiro multiplicado por três e mais um enredo inteligente e cheio de personalidade. Dante virou, fácil, um dos personagens mais escrotos e mais amados dos gamers.


Na tela parece bacana, mas vai fazer um cosplay disso sem parecer ridículo!

Ao colocar DMC4 na bandeja, a primeira impressão que se tem é de que há alguma coisa errada. Pra começar, Dante não é o protagonista, e jogos que mudam de protagonista geralmente se perdem (tipo Metal Gear Solid 2 e o hard gay Raiden). Só que o novato Nero é tão parecido com Dante que a mudança acaba não sendo tão sentida e DMC4 acaba por se tornar um jogo tão fantástico quanto o terceiro, mas possui algumas falhas mínimas que, quando somadas, acabam minando um pouco o brilho do game.


"Eu vou barbear o buço dessa guria agora! Detesto mulé de buço, porra!"

O enredo até que é bacana, Nero faz parte de uma espécie de culto chamado de Ordem da Espada, que venera Sparda, o grande demônio que salvou a humanidade no passado, que por sinal é o pai de Dante. Acontece que o próprio Dante surge no meio de um dos cultos e mata o líder, além de quebrar o pau bonito com Nero antes de fugir e, pra variar, vários demônios começam a atacar a cidade, aí cabe a Nero salvar o dia. O problema é que Nero é meio-demônio e tenta manter isso em segredo a todo custo, até descobrir que nem tudo é o que parece.


Comida mexicana pode ser inflamável se atingida por balas em chamas!

Bom, graficamente falando, o jogo é o que se esperava. Animação soberba, o mesmíssimo estilo gráfico de DMC3, só que em alta resolução e rodando a suaves sessenta frames por segundo. Os cenários são mais vivos e coloridos que os anteriores, e a maior parte do game se passa em locais abertos como florestas, montanhas e tals. Os monstros são todos bem detalhados e os chefes são bacanas e grandes como sempre. Só o character design que anda meio sem criatividade, já que Nero é uma cópia descarada de Dante do DMC3 com sobretudo azul.


Reaproveitaram o primeiro chefe do God of War 2?

A jogabilidade é fluida, sem lags ou problemas críticos. Pra quem está acostumado com a série tá tudo no mesmo lugar. Como é o primeiro game da franquia a ser multiplataforma, pode ser que tenham pessoas que não jogaram nenhum antes, então fique sabendo que os combos dependem de tempo, pois dependendo de qual a posição do personagem, o golpe seguinte muda totalmente. Tipo, existem combos que dependem de apertar os botões continuamente, outros precisam de um intervalinho entre um apertar e outro, e outros variam de acordo com a combinação de múltiplos botões.


"Estou livre, solto flechas lasers e sou foda!" Que coisa bicha!

Nero não possui um Devil Trigger, mas sim um poder semelhante onde ele invoca o espírito da espada e assim os combos e danos aumentam consideravelmente. O bacana é que a espada de Nero possui uma espécie de motor onde, toda vez que você pressiona o gatilho esquerdo, uma barrinha enche, podendo acumular até três níveis. Cada nível cheio dá um ataque de força ampliada, mas se você acertar o gatilho no momento de um impacto ampliado, ganha um nível automaticamente, e esse negócio é complicado de se fazer. A pistola de Nero é meio lerda, já que é de uma mão só, mas tem um poder de ataque considerável. A novidade fica por conta do seu braço demoníaco, pois com ele Nero pode agarrar monstros, jogar objetos gigantes e alcançar plataformas distantes.


"Pô, que bufa seu capeta! Eu tava de boca aberta!"

Quando se entra no ritmo da parada, a coisa muda totalmente. Sai Nero, entra Dante, e aí estamos de volta ao DMC que conheçemos! Dante tem seu Devil Trigger no devido lugar e suas habilidades em combate são um misto dos estilos de luta de DMC3. As pistolas duplas de Dante são muito rápidas a ponto de, se você tiver os dedos rápidos, ela ficar parecendo um par de mini uzis. Além disso, ele possui um arsenal muito mais variado do que Nero, incluindo um conjunto de luvas e botas de espinho. Dante é muito mais rápido e apelão que Nero, mas suas fases tambem são um pouco mais complexas.


Dante é tão foda que faz o cara que matou o Super-Homem de cachorrinho!

Na verdade tudo depende do ponto de vista. DMC4 é muito mais fácil se comparado ao anterior, mas parece um degrauzinho acima do primeiro. O lance é que a jogatina fica muito cansativa, já que ao chegar a um ponto x do game e trocar de protagonista, você tem que fazer o caminho inverso, ou seja, voltar as fases uma a uma até o início. Lógico que os desafios são diferentes, mas geralmente os mestres são os mesmos, o que é um saco.


Isso me lembrou um teco do trailer do MACHETE!

A parte sonora é a de sempre: rock pauleira, gritos, golpes, tiros e tudo nos trinques. A dublagem é ótima, principalmente de Dante e das suas parceiras Lady e Trish, que retornam à ativa nesta versão.


Uma coisa que fode o game são esses gráficos limpos, e ele ainda assume!

No todo, Devil May Cry 4 é diversão de alta qualidade. O enredo não chega a ser tão intenso quanto ao do anterior, mas tambem não é ruim. A troca do protagonista (o que seria um contra) no fim das contas se torna uma grata surpresa, já que Nero é um personagem interessante, mas a falta de criatividade em fazer você voltar o jogo todo acaba quebrando a firma, fazendo com que os menos devotados desistam no meio do caminho.

Prós e Contras
- Bons gráficos
- Ótima trilha sonora
- Devil arm
- Dante está de volta!

- Parecido com o anterior, só que sem o mesmo ritmo
- Enredo fraco
- Chegar (ou achar que chegou) no final e ter que voltar tudo


Vídeo



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