Gênero: Musical
Produtora: Harmonix Music
Distribuidora: Eletronic Arts / MTV Games
Lançamento: 20/11/2007
Nota: 9,1


A Rê Viu
Em meio a todos esses lançamentos de games musicais, uma coisa é certa, Guitar Hero é rock & roll na véia. Aí chega a Eletronic Arts, depois de ter comprado a Harmonix, e lança um game chamado Rock Band. "Agora vai", pensaram os rockeiros de plantão, mas o negócio não é bem assim.


"Agora vai!"

Rock Band fica num gênero mais eclético (não gosto dessa palavra) de rock, deixando aquelas pauleiras pro seu concorrendo, trazendo umas músicas até que pesadinhas, mas nada from hell. O fato é que o rock está tão generalizado hoje que qualquer música que tem uma guitarrinha destorcida nego batiza de alguma coisa e fala que é vertente do rock.


Pegando gostoso

Anfã, Rock Band chegou com oito pés no peito da série Guitar Hero (dois do guitarrista, dois do baixista, dois do vocalista e dois do baterista, hehe), proporcionando uma experiência única, porém com alguns defeitos.

O funcionamento dos controles você confere clicando aqui, pois neste texto vamos falar apenas do jogo em si.


"Rockaway Beach"? Xi, rapá, essa tomou o mesmo rumo que a "Welcome to the Jungle"

Ligando qualquer um dos instrumentos, você joga um quick play normalzão, um traning mode simples e o modo carreira. Cada instrumento que você conecta é considerada uma carreira diferente, sendo que não tem como fazê-la com o contra-baixo, e para cada uma é necessário criar um personagem diferente.

Falando nisso, a criação dos personagens é até interessante, mas meio limitada. Você tem que escolher entre cinco faces e vários cabelos, ajustar altura, peso, cor dos olhos e da pele, escolher o estilo do cara (rocker, punk, metal e tals), e depois incrementá-lo com outras roupas, maguiagem, tatuagens e tudo o mais.


"Ai que dor de barriga!"

Com a guitarra o negócio é totalmente Guitar Hero, só que ao invés de círculos identificando as notas, são pequenos fusíveis coloridos. Os Especiais, as notas em tap on (os fusíveis menores) e alavanca funcionam exatamente do mesmo modo, com a diferença da chave de captação que te dá a possibiliade de utilizar quatro efeitos diferentes no momento da ativação do especial, são eles: eco, flanger, oitavação e wah wah.


"Telma eu não sou gay"

Com o microfone tu tem que usar um controle comum para navegar nos menus, e com a sonzeira rolando, o game funciona exatamente como os jogos de karaokê: uma barra horizontal em que vem a letra e um gráfico identificando as notas que você deve alcançar quando canta. Canta, naquelas, se você fizer só um "aaaaa" no tom certo, você já leva a música pra casa.


Mensagem subliminar explícita

Há a possibilidade de deixar só a sua voz, a voz original ou as duas, e o nível de dificuldade influencia na exigência de se cantar no tom correto. Dentro das músicas famosas há quatro com vocais femininos (nas extras há mais algumas), mas não é tão difícil para homens e mulheres cantarem, pois o game aceita que se cante uma oitava abaixo ou acima, e em alguns momentos em que não há vocais, é preciso bater a mão no microfone no tempo certo para utilizá-lo como cowbell ou meia-lua, seguindo umas bolinhas, e para ativar o especial basta dar um grito em momentos específicos, algo como um "common" pra agitar a galera.


"É pra contar até quatro, rapá!"

A bateria é a cereja do bolo nessa brincadeira. Os quatro pads se revezam nas funções dos tambores, sempre de uma maneira que fique perfeitamente viável tocar as músicas, sobrando umas impossibilidades pro bumbo, pois o pedal é meio lento. Quando a barra de especial está no meio, trechos de viradas livres surgem nas músicas, aí, acertando o pad verde (que faz as vezes de prato de ataque) no final, o especial é ativado. O som da batera nessas viradas é meio tosco, totalmente eletrônico, mas tá valendo.


Duas fotos de uma música que nem entrou... é foda

O game exige uma precisão desnecessária para se tocar a bateria, coisa que na guitarra é fácil até demais. Bateristas de verdade vão sofrer um pouco para pegar o jeito da coisa, pois se perde a liberdade que se tem ao tocar com uma banda mesmo, ou até acompanhando um cd, e se você for um bateria que toca à frente ou atrás da banda (quem manja sabe do que eu tô falando), você vai sofrer, meu caro.


O que? Três? A vá se f....

No multiplayer há os cooperativos, que são o lance do jogo e o que mais proporciona diversão, podendo se jogar no quick play e num modo carreira em que se faz uma turnê comprida pra cacete, onde se ganha e perde fãs de acordo com as performances nas músicas.


"Finalmente meu intestino soltou!"

Ao todo há cinqüenta e oito músicas, sendo quarenta e cinco famosas e treze de bandas desconhecidas que não precisam ser compradas, somente liberadas assim como as do modo carreira, porém num palco localizado no Rio de Janeiro. A grande maioria delas estão em suas versões originais, e as que não estão, são covers muito competentes.


Vampiro na platéia? Cruz pra ele!!

Os gráficos produzem um visual diferenciado, com animação perfeita de banda e público, os movimentos dos bateristas, por exemplo, são perfeitos e o som do público agitando e cantando junto é algo que chega a empolgar em algumas músicas.


Pro mundo glitter neon nunca é demais

Se você costuma juntar a galera para umas partidas, Rock Band é O jogo, pois é na zona que ele faz a diferença, mas se você é daquelas pessoas que não têm amigos, ele é só um clone de Guitar Hero, porém há a possibilidade de se jogar on-line, mas nada muito pans. Live mesmo só para comprar músicas, aliás, a lista delas só cresce.

Confira a lista das músicas nos comentários desse post.

Prós e Contras
- De certa forma, é inovador
- Diverdidaço para festas e tals
- Gráficos diferenciados
- É uma aula de precisão para bateristas
- Pacote completo caro pra caralho
- Não dá pra jogar no controle
- Faltou umas músicas mais porrada

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