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Gênero: Ação
Produtora: MercurySteam/Kojima Productions
Distribuidora: Konami
Lançamento: 05/10/2010
Nota: 9,0





+ Gráficos fantásticos
+ Som pra se ouvir no talo
+ Jogabilidade afiadíssima
+ Chupinhança nota 10
+ Luta contra os titãs
- Travadas nas animações
- Alguns personagems parecem bonecos articulados
- Não tem o dna da série



Precisaram de 25 anos pra alguém, enfim, produzir um game da série Castlevania num 3D que preste! Depois de propagandas de Lords of Shadow como um reboot, que quem acompanha o mercado sabe que a parada já tinha sido anunciada bem antes como uma nova franquia, aí, como a bagaça tava ficando boa, a Konami rebatizou o game como simplesmente Castlevania, chamou um cara de renome pra dar um apoio (Sr. Kojima, conhece?) e provavelmente fez algumas alteraçõezinhas básicas pra dar um levante no nome da franquia e atá-la finalmente a um bom jogo.


Em algum lugar ai tá o seu boneco tentanto mar o Colossus

O game é excelente em quase todos os aspectos, chupinhado direto da mais fina fonte de qualidade (God of War) e ambientado num universo que pouco lembra Castlevania. Você até se identifica fácil com o game, mas sente estar jogando outra coisa.


"Comeu macarronada? Beleza, mas não precisa mostrar por aí que tava sobrando molho!"

O único ponto que une o jogo à série é o nome do personagem principal, Gabriel Belmont, um cavaleiro da Irmandade da Luz que perdeu a amada (clichezaço!). Monstros mantém o mundo em caos e Belmont sai em busca de uma solução que toma forma numa profecia sobre uma máscara que teria o poder de tornar um humano em deus, o que poderia lhe dar o poder de trazer sua mulé de volta. Obviamente, pra isso ele precisa encontrar os Lordes das Sombras (Lords of Shadows, ahn? Ahn?), a única ponte entre o mito e a realidade.


"Me da um abraço pô! Eu te amo cara!"

Armado com uma cruz que se estende em um chicote de ferro, Gabriel cruza um mundo belíssimo enfrentando lobisomens, wargs, duendes canibais, capetas e, eventualmente, vampiros. E claro que no caminho acaba encontrando outros cavaleiros e encarando uma penca de desafios cabeludos.


Escalada com essa roupinha não rende uma visão agradavél para quem está em baixo

Diferente do que a galera esperava, o game nada tem do estilo Metroidvania que permeia a série desde Simphony of Night. LoS é basicamente um jogo de aventura linear, divido em capítulos com várias sub-fases. Focado basicamente no combate, você avança pelos cenários enfrentando hordas de monstros, coletando experiência desses combates e comprando novas habilidades.


Momento #foreveralone para aumentar a imersão com quem está jogando

O combate é basicamente God of War, não tem nada de novo, mas dane-se! Bater em monstros nesse jogo é muito goxtozo de bão, principalmente com a jogabilidade perfeita, coisa linda de dels! Os combos saem com facilidade e a coisa vai ficando insana conforme você adquire novos golpes. A parte de plataforma é bem simples, no estilo que a gente já está acostumado, usando o chicote como corda, escalando e tals.


Na real life, nessa hora o cara estaria se questionando que porra ele tá fazendo da vida!

Um lance que merece destaque são os Titãs, chefes gigantescos, grandes mesmo, que precisam ser escalados pra que possam ser atingidos em seus pontos fracos e tombar. O negócio é que eles não ficam quietos. Sei lá, mas isso me lembra um bom jogo de PS2...


Matando uns manos no gueto da Transilvânia

O departamento de puzzles é um dos poucos pontos fracos do game. Todos eles são muito fáceis e os que poderiam ser difíceis o jogo se incumbe de te dar a resposta. Se ainda assim tu for muito burro pra passar batido, você pode comprar as soluções com os pontos de experência. Outro defeito é que há uma quantidade enorme de locais que parecem ser acessíveis, mas sempre que se tenta chegar lá, você dá de cara com uma parede invisível e às vezes tu literalmente vai pra vala por causa disso.


Do jeito que o cara tá correndo, ele quer virar churrasco!

O que não dá pra negar é que o game é grande. Cada fase é enorme e, pode crer, vai demorar umas boas vinte horas (talvez mais) pra curtir tudo que ele pode oferecer. Depois de terminadas, cada fase te propõe um desafio pra voltar e bater em troca de uma recompensa. Fora o fato de que você vai ter que voltar depois com novas habilidades a fim de alcançar lugares antes inatingíveis e conseguir os 100% de cada fase no melhor estilo LEGO Star Wars!


"Cadê os Ghostbusters porra? Já liguei faz tempo!"

Os gráficos são muito bons, realmente belos e detalhados, com design impecável de monstros e animações de alto nível. Cada cenário tem uma identidade visual única e uma vastidão que não se vê todo dia. O único porém é que, sabe-se lá por quê, algumas animações rolam num frame rate muito abaixo dos 30fps. Não chega a ficar ruim, mas é inexplicável porque as vezes uma cena em tempo real começa a engasgar do nada e o resto da animação fica no mesmo ritmo, mesmo com o jogo instalado no HD. Sorte que são poucas animações em que isso acontece.


Esse ai tá tão radiante que tá vazando raio por todos os buracos!

O dedinho do Sr. Kojima exatamente nas animações, que são muito bem coreografadas, com tomadas fantásticas e boas tiradas no estilo Snake. No fim das contas, o sr. Kojima serviu meio de conselheiro e supervisor geral. Dá pra ver que a história não tem muito dele, já que é bem simples e palatável, ao invés dos temas complexos que o Sr. K costuma tratar.


"Se essas estátuas começarem a se mexer fudeu!"

Na parte sonora é onde o pedigree Castlevania se destaca: elá é fantástica! Apesar de fugir totalmente do estilo épico/metal dos ultimos games da franquia , trocando por musicas mais suaves, todas as músicas são bem bacanas mesmo, apesar de se repetirem um bocado e, desta vez, ao invés de pegarem mendigos na rua para fazer as dublagens, a fina nata de holywood dá as caras aqui, com dublagens impecáveis do "Prof X" Patrick Stewart e do zumbi mestre de Extermínio 2, Robert Carlyle.


Pô mano deslocar maxilar de caveirinha é golpe baixo!

Castlevania: Lords of Shadow cumpre com louvor o papel de trazer a franquia de volta à tona no mundo 3D. Quase tudo é impecável, mas as paredes invisíveis, uma movimentação esquisita pra uma jogabilidade perfeita e as travadinhas nas animações em tempo real quebram a firma um pouco. Ah, claro! Provavelmente quem ver o jogo rolando sem saber do que se trata nunca se vai vinculá-lo à série Castlevania, mas isso não chega a ser exatamente um problema, somente para os fãs mais xiitas. Aprovadaço!