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Gênero: RPG
Produtora: Bioware
Distribuidora: Microsoft
Lançamento: 20/11/2007
Nota: 9,0




+ Gráficos únicos e fantásticos
+ Excelente trabalho de dublagem
+ Possibilidades de enredo moldadas de forma brilhante
+ Grande pra caramba
+ Um universo inteiro pra explorar
- Carregamento pesado
- Movimentação meio mecanizada
- Baixa IA dos bots do seu grupo

Quem é regresso da caixa preta da Microsoft ou fã ensandecido de Star Wars já conhece o trabalho da Bioware. Responsáveis por dois dos melhores games da franquia, os aclamados Knights of The Old Republic, o estúdio americano investiu pesado na criação de sua primeira franquia intergalática.

Mesclando o que aprendeu com KOTOR com muito talento, um dos maiores universos já concebidos para qualquer videogame de qualquer galáxia dá as caras no seu 360 e pc.

Oiá! É a cantora do filme Quinto Elemento!
 Mass Effect é um jogo grande e, mesmo já tendo 3 anos de lançado, impressiona qualquer um. Mescla de RPG com jogo de ação, ME pode até intimidar de início, mas depois que se pega o ritmo é difícil largar.


Se me chamar de Dr. Barata de novo vai dar merda!
 Primeiramente conhecemos o famoso, mesmo pra quem não jogou, capitão Shepard. Integrante da tripulação da nave Normandy, ele é o mais perto que um humano já chegou da elite galáctica, os Spectre. A humanidade é uma raça recém aceita na galáxia e os humanos ainda são vistos com maus olhos pelo conselho galático.

Shepard é assistido por um Spectre chamado Nihlus enquanto vai fazer uma inspeção em uma escavação em um planeta remoto, onde se diz ter sido encontrado um monolito de uma antiga raça a muito extinta da galáxia.

Léa T fazendo cosplay de Tron
 Claro que nada é fácil no universo: o tal planeta está em ataque e cabe a Shepard e uma pequena tropa ajudar. Outro Spectre aparece em cena, Saren, que assassina Nihlus e se mostra envolvido com o ataque do planeta. Como sempre, o vilão quer o tal artefato a fim de obter algo obscuro.

Mas as coisas são mais complicadas do que parecem : Os monstros que estão atacando são da raça Geth, uma raça a muito extinta, na verdade dizimada da galáxia, uma mistura de seres metálicos com humanos e tals. Shepard entra em contato com o artefato, tem uma visão do fim do mundo e ainda é acusado de estar envolvido com o assassinato de Nihlus. Cabe ao herói provar sua inocência e no processo salvar a galáxia.

Viu? Zumbi do futuro é chique e cheio de neon!

Como essa história vai se desenrolar é que é o X da questão: Uma roda se abre com várias opções disponíveis de resposta para cada uma das questões levantadas durante o game e muitas delas dependem do nível de intimidade sua com o personagem com o qual voce dialoga ou então de determinadas habilidades do personagem, como maior intimidação ou então persuassão. Toda e qualquer decisão tomada pode influenciar o enredo de forma substancial.


Dá um sorriso pra camera!
 Quem vê o jogo de fora acha que é um jogo de ação em terceira pessoa. Ledo engano: Mass Effect é o grosso do RPG e muito da sua técnologia se assemelha ao que a gente veria como magia em um jogo medieval.

Antes de mais nada, você cria seu Shepard do jeito que quiser. Pode ser até uma mulher! Depois precisa definir a classe: A evolução do personagem, a arvore de habilidades e os equipamentos que ele pode usar são totalmente interligados as classes.

Um soldado, por exemplo, pode usar quaisquer equipamento militar, seja armaduras pesadas, seja aquele trabuco violento. Já um médico não usa nada disso, estando limitado ao uso de pistolas e armaduras leves, mas em compensação usa uma infinidade de habilidades bióticas, o que seria a magia do game.


Oia que lindu o por do sol!
 A forma como se evolue tambem é influenciada. Cada vez que voce sobe um nível voce ganha pontos para distribuir em uma árvore de evolução. Nela é que estão as habilidades dos personagens e, é claro, dada a especialidade do personagem a árvore é totalmente diferente. Um técnologo vai ter disponível habilidades de infiltração de sistemas, hackeamento e etc. assim como um médico vai ter diferentes habilidades de cura, sejam de status ou de energia, pra aprender. As habilidades podem até levar os personagens a novas quests.

Várias missões são opcionais e mostram mais da galáxia e das diferentes raças do universo, alem de render bom espólios. Depois de um tempo de jogo, voce passa a ter acesso a Normandy e a nave abre as portas do universo pra voce: São dezenas de planetas espalhados por muitas galáxias que voce pode visitar e que compõem o rico universo de ME.


Então, topam um menáge?
 O combate é totalmente em tempo real.  A visão das costas, os comandos de cobertura e o cerne do combate remetem a Gears, apesar de ME ter uma mecânica mais cadenciada. No começo voce vai sofrer um pouco com os controles: Se esconder e atirar não é tão fácil nem tão rápido quanto estamos acostumados, mas um pouco de treino conserta.

Voce controla sempre Shepard e escolhe dois aliados pra te acompanhar. Estes bots agem sozinhos, mas o QI de ameba deles é um problema. Quase sempre eles morrem antes de te ajudar no combate. Não usam cobertura direito, não usam as magias quando podem e nos combates mais ferrenhos eles morrem tão rápido que te deixam na merda, pelo menos no começo do jogo.


Morre diabo!
 Existe a roda de comando: com um botão você abre uma roda no meio da tela na qual voce determina qual comando voce vai dar pros aliados mas ficar dando ordens abrindo uma tela o tempo todo é cansativo e  se acaba indo na raça mesmo.


Ghostbusters!
 Fora dos combates, todo o equipamento, habilidades, munições de efeitos diversos e tals tem de ser equipadas manualmente por voce na tela de pausa, inclusive a dos aliados. Isso é normal pra quem joga RPGs, mas esse microgerenciamento pode afastar que curte jogos de mais "ação".Cada personagem que faz parte do seu grupo tem características únicas. Como voce esta limitado a apenas dois, compreender qual a sua missão e levar personagens que se adptem a ela é essencial para evitar problemas futuros. As vezes um técnico pode abrir uma porta eletrônica e poupar a galera de dar um voltão e enfrentar uma tropa pesada no caminho.


"Foi ele quem te chamou de cara de sapo!"

Até hoje este o um dos jogos que mais me impressionam nessa geração, dada qualidade das texturas aplicadas nos personagens. Todos parecem ter pele ao invés de ser uma textura comum. A movimentação dos personagens parece meio esquisita, mas tem piores.O uso da Unreal Engine como plataforma gráfica criou um universo convincente, cheio de efeitos de alta qualidade. O cenário talvez não tenham o mesmo cuidado dos personagens, mas são grandiosos e convincentes na sua proposta.Só percebi 2 pequenos defeitos: Os closes do rosto dos personagens durante os diálogos mostram um trabalho de expressões facial convincente porém mecanizado e as texturas podem demorar pra carregar. Isso é um defeito pertinente da Unreal, mas como as texturas de Mass Effect são pesadas, elas demoram um pouco mais do que o normal.


" O mulé! To ligando pra avisar que não vai dar pra jantar em casa hoje!"
 A instalação do jogo no HD melhora esses problemas de carregamento, assim como diminui um pouco os loadings, que podem ser longos mas são muito raros. Na verdade, eles até existem bastante mas são bem camuflados enquanto voce esta em um elevador ou coisa assim. As vezes até se abrem novas quests ouvindo notícias nos elevadores, como uma onde voce escuta uma notícia de que um importante governante humano foi sequestrado, ou então a que diz que uma nave de pesquisas caiu em um planeta e voce pode ir até lá atrás da tripulação para resgata-los. O som é primoroso! A trilha sonora é epica, o trabalho de dublagem é impecável e todos os personagens possuem vozes.


Pronto! Tamo no cú do mundo do futuro!
Compro ou não compro?
Mass Effect é um daqueles jogos "um em um milhão". Todo o conjunto da obra foi pensado e polido com muito esmero a fim de satisfazer todo o tipo de gamer, algo que provavelmente não vai acontecer. No fim muitos sentirão que o lado RPG pesa de mais na ação, outros dirão que os combates fogem muito do padrão de RPG, mas no fim ninguem passa incólume a uma partida de Mass Effect. Esse é sem dúvida um game que passa a ser parâmetro. Mesmo depois de 3 anos, só a sua própria sequencia trouxe avanços técnologicos consideraveis no departamento gráfico. E mesmo aqueles que só jogarem algumas horas, ou apenas assistirem, vão passar a ver games com outros olhos depois desse. Parabéns a Bioware pela sua primeira cria no 360!